Carros autônomos são novo desafio no Brasil | Entrevista com Anthony Ling
"O Brasil ainda não se deu conta do tamanho do impacto dos carros autônomos".
O capítulo final do Guia apresenta uma lista de indicadores urbanos que devem estar ao alcance dos gestores urbanos. Confira!
25 de janeiro de 2018Uma gestão urbana responsável deve saber o que está acontecendo com a cidade. No entanto, ainda não é prática comum o acompanhamento de indicadores urbanos na gestão municipal de cidades brasileiras. Algumas prefeituras até realizam a coleta de dados, mas não relacionam tais dados com as políticas urbanas implementadas nas suas cidades. Assim, prefeituras devem monitorar constantemente indicadores, definindo quais as áreas mais críticas para a realização de políticas e investimentos urbanos, assim como devem acompanhar tais índices após a conclusão de cada projeto. Entendemos que qualquer projeto deve ser submetido a uma prova de custo, verificando-se quantitativamente seu impacto no desenvolvimento urbano. Também é importante realizar uma auditoria regulatória, eliminando regulamentações cujos objetivos são desconhecidos ou foram esquecidos.
Apresentamos abaixo uma lista não conclusiva de indicadores urbanos que devem estar ao alcance próximo de gestores:
• Identificação da disponibilidade de moradia por grupos de renda e o consumo de moradia por cada grupo.
• Número de habitantes morando em comunidades informais.
• Taxa de vacância em imóveis públicos e privados.
• Número de empregos acessíveis a partir de qualquer lugar por meio de transporte coletivo ou bicicleta.
• Preços dos terrenos, de moradia e de renda por habitação.
• Oferta de terra e de moradia: quantos hectares de terra são desenvolvidos a cada ano, quantos edifícios novos recebem licenças para serem construídos.
• Quanto tempo é gasto para obtenção de licença para construir.
• Poluição do ar.
• Número de acidentes de trânsito e sua classificação por motivo e modo de transporte.
• Tempo médio dos deslocamentos.
• Divisão modal dos deslocamentos.
• Índice de caminhabilidade e acessibilidade das ruas, identificando o fluxo de pedestres por rua.
• Número médio de transferências por viagem.
• Taxa de crescimento populacional vegetativo e saldo migratório.
Somos um projeto sem fins lucrativos com o objetivo de trazer o debate qualificado sobre urbanismo e cidades para um público abrangente. Assim, acreditamos que todo conteúdo que produzimos deve ser gratuito e acessível para todos.
Em um momento de crise para publicações que priorizam a qualidade da informação, contamos com a sua ajuda para continuar produzindo conteúdos independentes, livres de vieses políticos ou interesses comerciais.
Gosta do nosso trabalho? Seja um apoiador do Caos Planejado e nos ajude a levar este debate a um número ainda maior de pessoas e a promover cidades mais acessíveis, humanas, diversas e dinâmicas.
Quero apoiar"O Brasil ainda não se deu conta do tamanho do impacto dos carros autônomos".
Precisamos de mais algumas cidades de verdade. Como podemos consegui-las?
O holandês Aldo van Eyck levantou mais de 700 parques infantis enquanto esteve na gestão pública de Amsterdã. As intervenções eram simples e completamente integradas ao entorno.
Leia e assine o manifesto em defesa dos arquitetos(as) e urbanistas populares que atuam nas cidades brasileiras.
Helsinque, capital da Finlândia, recentemente alcançou um feito inédito: passar um ano inteiro sem registrar nenhuma morte no trânsito. O que podemos aprender com isso no Brasil?
Os governos municipais deveriam atuar como uma empresa que gerencia uma plataforma.
Confira nossa conversa com Carlos Leite e Fabiana Tock sobre as iniciativas de urbanismo social no Brasil e no mundo.
No livro “Cidade Suave”, o urbanista David Sim aponta quais são as características de cidades que promovem conforto e acolhimento no cotidiano de seus habitantes.
O Jardins, em São Paulo, se tornou símbolo de ineficiência urbana: maior acessibilidade a empregos da cidade, escassez de moradias, exportação de congestionamentos e bilhões em valor que poderiam ser capturados e reinvestidos — até mesmo em uma nova linha de metrô.
COMENTÁRIOS